Taís Araújo deu uma entrevista ao programa Roda Viva para o Dia Internacional da Mulher (08/03). Durante a conversa, falou sobre representatividade e rotina na pandemia.
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Taís contou que, quando estudou em uma escola de classe alta no Rio de Janeiro, não tinha muitos colegas negros. “Eu podia contar nos dedos de uma mão os alunos negros da escola na Barra da Tijuca, com pessoas que tinham muito mais dinheiro do que meus pais”, explicou ela.
Durante a pandemia, disse que o casamento sofreu o impacto do isolamento social. “Nossa relação melhorou depois de piorar muito. Eu até pensei em mudar com meus filhos pra um apartamento de dois quartos, porque a gente morava em uma casa ampla antes e conseguir ter esses momentos… Quando a gente entendeu que as 24 horas estavam muito pesadas. ‘Eu preciso ficar 2 horas no quarto. Você fica com as crianças?’ e eu ia, e depois ele ia”, contou Taís.
“Acho que o saldo de tudo é que a gente ainda está vivendo esse pesadelo. A gente se sacramentou neste período difícil que a gente está vivendo”, contou a atriz. “Quem não fica de saco cheio do marido de vez em quando?! E ele de mim! Então, a gente se testa o tempo inteiro”, brincou ela.
A atriz ainda comentou sobre a evolução na representatividade negra na mídia. “Mudou muito. A gente existe para as revistas de cosméticos. Eu comecei com 13 anos e existiam duas cores de base: ou eu ficava cinza ou ficava vermelha”, relembrou.
Taís foi a primeira Helena negra das novelas de Manoel Carlos quando protagonizou Viver a Vida, em 2009. Ela falou sobre as críticas que recebeu. “Eu achava que ia resolver os problemas. Achava que viriam várias protagonistas negras e não foi. O tamanho da expectativa foi tamanho da frustração. Tive críticas muito severas. Eu fiquei tão chateada, porque isso se espalhava na rua”, contou ela.
A atriz ainda relembrou uma de suas críticas mais marcantes. “Uma vez eu estava tomando sorvete com uma amiga na praia e uma mulher passou e falou: ‘quando você falar seu texto, pensa no que você está falando’. E não era uma pessoa, eram várias. Fui entrando nesse buraco, mas não era minha culpa. Era algo muito egoico, porque a novela envolvia mais de 300 pessoas”, analisou ela.